John Piper
Para muitos, hoje em dia, é intrigante que Jesus coloque tal valor nos
direitos soberanos da liberdade eletiva de Deus, a ponto de falar da maneira
como o faz àqueles que O rejeitam. Ele fala de maneira a impedi-los de
vangloriarem-se, como se pudessem anular os propósitos últimos de Deus.
Em João 10.25-26, por exemplo, Jesus respondeu aos céticos que exigiam
mais e mais provas: “Já vo-lo disse, e não credes. As obras que eu faço em
nome de meu Pai testificam a meu respeito. Mas vós não credes, porque não
sois das minhas ovelhas”. Pense nisto por um momento. Pense acerca do que
significa e no fato que Jesus proferiu tais palavras a pessoas incrédulas.
Imagine-se como um fariseu ouvindo a mensagem de Jesus e dizendo a
si mesmo: se Ele pensa que eu vou ser sugado para dentro desse movimento
junto com coletores de impostos e pecadores, está louco. Eu tenho vontade
própria e poder para determinar o meu próprio destino. Em seguida, imagine
Jesus, sabendo o que se passa no seu coração e dizendo: “Você se vangloria
em seu íntimo porque acha que tem o controle de sua própria vida. Você
pensa que pode frustrar os planos máximos de meu ministério. Você imagina
que os grandes propósitos de Deus na salvação são dependentes de sua
vontade vacilante. Em verdade, em verdade eu lhe digo que a razão final pela
qual você não crê é porque o Pai não o escolheu para estar entre as minhas
ovelhas”. Em outras palavras, Jesus está dizendo: “O orgulho final da
incredulidade é destruído pela doutrina da eleição”. Aqueles a quem Deus
escolheu, Ele também os deu ao Filho; e aqueles a quem Ele deu ao Filho, o
Filho também os chamou; e para aqueles que foram chamados, Ele deu sua
vida; e para esses Ele deu alegria eterna na presença de sua glória. Este é o
prazer do Pai.
The Pleasures of God (Os Prazeres de Deus)
(Portland, Multnomah, 1991), p. 137-139.
Fonte: Revista Fé para Hoje, Editora Fiel
monergismo.com "Ao Senhor pertence a salvação" Jonas 2.9
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